quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Introdução à Psicologia

DEFINIÇÃO DE PSICOLOGIA

Psicologia (do grego Ψυχολογία, transl. psykhologuía, de ψυχή, psykhé, "psique", "alma", "mente" e λόγος, lógos, "palavra", "razão" ou "estudo") "é a ciência que estuda o comportamento (tudo o que organismo faz) e os processos mentais (experiências subjetivas inferidas através do comportamento)".
O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada, também desempenha um papel importante.
  • CIÊNCIA QUE ESTUDA O COMPORTAMENTO DOS SERES ANIMADOS.
  • ESTUDO CIENTÍFICO DO COMPORTAMENTO: 1. Eventos Internos. e 2. Eventos Externos.
  • No Século XVIII (1734), CRISTIAN WOLFF emprega pela primeira vez o termo Psicologia.
Áreas de atuação/estudo/pesquisa
Experimental.
Do Esporte
Do Desenvolvimento.
Da personalidade.
Social.
Educacional.
Organizacional.
Clínica.
Hospitalar (ou da Saúde)
Forense.

A CONTRIBUIÇÃO DA FILOSOFIA

Sócrates (470-399)
Ironia e Maiêutica.
Conhece-te a ti mesmo.
O verdadeiro conhecimento vem de dentro.

Platão (427-347)
¨Mundo das Idéias X Mundo dos Sentidos.
¨A alma existe antes de vir habitar o corpo.
¨Eros: desejo de voltar à verdadeira morada da alma.

Aristóteles (384-322)
¨Objeto geral da psicologia aristotélica é o mundo animado, isto é, vivente, que tem por princípio a alma e se distingue essencialmente do mundo inorgânico, pois, o ser vivo diversamente do ser inorgânico possui internamente o princípio da sua atividade, que é precisamente a alma, forma do corpo.
¨O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito.

Agostinho de Hipona (354-430)
Agostinho, inspirado no neoplatonismo de Plotino, valoriza a autonomia da alma não como algo reencarnado, mas como dádiva do criador. Essa alma teria uma função vitalizante, sensitiva e cognoscente e seria capaz, enquanto consciência imediata, de apreender a si mesma.
Deu muita importância ao conhecimento de si mesmo com o argumento de que somente a alma era capaz de conhecer a própria alma.
No entanto, a maior dificuldade da alma era obedecer a si mesma. Esta obediência só era possível através da graça de Deus. O conhecimento de si mesmo através da memória foi definido como sendo constituído de uma realidade temporal e não espacial. Desta forma, entendia a vida interior como uma experiência temporal.

Tomás de Aquino (1225-1274)
Seu trabalho busca a conciliação entre a filosofia naturalista de Aristóteles e a Teologia Cristã de Agostinho. Aquino conceitua a alma como imaterial, unida ao corpo sem intermediário e permanentemente orientada para o mundo natural.
Uma contribuição de Aquino que será muito importante para psicologias que irão surgir no século XIX, trata-se do conceito de Intentio termo emprestado de Avicena que quer dizer alcançar ou dirigir a mente para. Aquino entendia que o conhecimento consiste na concordância da forma do objeto com a forma da mente. Formula-se, assim o conceito de intencionalidade ou referência. Na prática quer dizer que o intelecto conhece a si mesmo não pela sua essência mas pelo seus atos.

PRINCIPAIS ESCOLAS EM PSICOLOGIA

1. O ESTRUTURALISMO
W. WUNDT (1832-1920) e E.B. TITCHENER (1867 – 1927)
«Em psicologia, verificamos que somente aqueles fenômenos mentais que são diretamente acessíveis às influências físicas podem se tornar objeto de experimento» (Wundt,1894).


2. O FUNCIONALISMO
Edward Lee Thorndike (1874 - 1949)
●Coloca em cheque qualquer possibilidade de uma psicologia estruturada em elementos
mentais. O aspecto estrutural do psiquismo deve ser buscado não nos seus supostos
elementos, mas nas funções, atos ou processos mentais. A psicologia deve reconhecer
em sua analise estrutural não os elementos como sensações, sentimentos, mas atos
como julgar, perceber, recordar. Para Angell a psicologia se torna mais funcional do que
a biologia, pois não apenas o funcional precede e produz o estrutural, como também
ambos representam duas faces de um mesmo fato.
Os psicólogos funcionalistas definem a psicologia como uma ciência biológica
interessada em estudar os processos, operações e atos psíquicos (mentais) como
formas de interação adaptativa. Partem do pressuposto da biologia evolutiva, segundo o
qual os seres vivos sobrevivem se têm as características orgânicas e comportamentais
adequadas a sua adaptação ao ambiente.
●Representantes: Escola de Chicago com Dewey, Angell e Carr e a de Columbia com
Thorndike e Woodworth.

Fonte: Funcionalismo - História da Psicologia - Psicologia Geral - Psicologado
ArtigosFonte: Funcionalismo - História da Psicologia - Psicologia Geral - Psicologado
Artigos http://artigos.psicologado.com/psicologia-geral/historia-dapsicologia/
funcionalismo#ixzz1mYJJa8rp


3. O BEHAVIORISMO

JOHN B. WATSON (1878-1958)
Enfatizou a importância dos eventos ambientais.
Rejeitou todos os aspectos do indivíduo que não pudessem ser observados externa e objetivamente.
Afirmava que todo comportamento pode ser compreendido como um resultado de condicionamentos.
Condicionamento Operante
B.F. SKINNER (1904 -1990)
Reação e Reforço.
O estímulo que causa a reação não precisa ser identificado, necessita apenas operar no ambiente, de tal maneira que produza um reforço.
Quando ocorrer uma reação, reforce-a e o sujeito tenderá a reagir de novo da mesma maneira.

O Condicionamento Clássico
IVAN PAVLOV ( 1849-1936)
«Pavlov notou que após alguns experimentos, um cão salivaria ao ver o experimentador. Após vários experimentos adicionais, o cão começou a salivar ao som de um diapasão, de uma luz que se acendia ou ao tocar de uma sineta. Pavlov chamou a isso de reflexo psíquico».


4. O GESTALTISMO
WOLFGANG KOHLER (1887-1967), Max Wertheimer (1880-1943) e KURT KOFKA (1886-1941).

O objetivo desta escola foi determinar os princípios que determinam e organizam a nossa percepção, ou seja o modo como estruturamos a realidade.
O todo é mais que a soma das partes que o constituem
A forma é a melhor possível nas condições presentes (princípio da boa forma ou pregnância)
São estes princípios que permitem afirmar que, em condições iguais, os estímulos que formam uma boa figura terão tendência a serem agrupados.
Com o objetivo de demonstrar a importância da organização da informação num todo foram produzidas imagens que podem ser interpretadas de diferentes modos.

Leis da Gestalt
PROXIMIDADE: Os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se
encontram uns dos outros. Logicamente, elementos que estão mais perto de outros numa
região tendem a ser percebidos como um grupo, mais do que se estiverem distante de seus
similares.
SEMELHANÇA: Eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por
intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.
CONTINUIDADE: Há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para
conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção
específica.
PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética.
Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio
da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.
EXPERIÊNCIA PASSADA: Esta se relaciona com o pensamento pré-Gestáltico, que via
nas associações o processo fundamental da percepção da forma. A associação aqui, sim, é
imprescindível, pois certas formas só podem ser compreendidas se já a conhecermos, ou se
tivermos consciência prévia de sua existência. Da mesma forma, a experiência passada
favorece a compreensão metonímica: se já tivermos visto a forma inteira de um elemento, ao
visualizarmos somente uma parte dele reproduziremos esta forma inteira na memória.
CLAUSURA: Ou “fechamento”, o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre
si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao
fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.

Fonte: Gestalt - Leis da Gestalt - Humanismo - Abordagens - Psicologado ArtigosFonte:
Gestalt - Leis da Gestalt - Humanismo - Abordagens - Psicologado Artigos http://artigos.
psicologado.com/abordagens/humanismo/gestalt-leis-da-gestalt#ixzz1mYOeCIVh

5. PSICANÁLISE
S. Freud (1856-1939), M. Klein (1882-1960) e Jacques Lacan (1901-1981).

Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psique humana independente da psicologia, embora também inserido nesta, desenvolvido por Sigmund Freud, médico austríaco, que se propõe à compreensão e análise do homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente e abrange três áreas:
  1. um método de investigação da mente e seu funcionamento;
  2. um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;
  3. um método de tratamento psicoterapêutico.
Essencialmente é, assim, uma teoria da personalidade e um procedimento de psicoterapia; a psicanálise, contudo, influenciou muitas outras correntes de pensamento e disciplinas das diversas ciências humanas, gerando uma base teórica para uma forma de compreensão da ética, da moralidade e da cultura humana.
Importante ainda é observar que em linguagem comum, o termo psicanálise é muitas vezes usado como sinônimo de psicoterapia ou mesmo de psicologia. Em linguagem mais própria, no entanto, psicologia refere-se à ciência que estuda o comportamento e os processos mentais, psicoterapia ao uso clínico do conhecimento obtido por ela - ou seja, ao trabalho terapêutico baseado no corpo teórico da psicologia como um todo - e psicanálise refere-se à forma de psicoterapia baseada nas teorias oriundas do trabalho de Sigmund Freud; psicanálise é, assim, um termo mais específico, sendo uma entre muitas outras formas de psicoterapia.


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