domingo, 30 de agosto de 2015

QUINTUS HORATIUS FLACCUS

Ode nº 11 do livro 1 das Odes, do poeta romano Horácio (65 a 8 A.C), chamada de Ode a Leucónoe, porém, mais conhecida – entre nós – pelo seu verso final “Carpe Diem”, uma máxima da filosofia epicurista tão em voga no seu tempo. Comecemos com a versão de David Mourão-Ferreira:

ODE A LEUCÓNOE

Não procures, Leucónoe — ímpio será sabê-lo —,
que fim a nós os dois os deuses destinaram;
não consultes sequer os números babilônicos:
melhor é aceitar! E venha o que vier!
Quer Júpiter te dê inda muitos Invernos,
quer seja o derradeiro este que ora desfaz
nos rochedos hostis ondas do mar Tirreno,
vive com sensatez destilando o teu vinho
e, como a vida é breve, encurta a longa esp’rança.
De inveja o tempo voa enquanto nós falamos:
trata pois de colher o dia, o dia de hoje,
que nunca o de amanhã merece confiança.


Agora a recente tradução de Pedro Braga Falcão:

ODE A LEUCÓNOE

Tu não perguntes ( é-nos proibido pelos deuses saber) que fim a mim, a ti,
os deuses deram, Leucónoe, nem ensaies cálculos babilónicos.
Como é melhor suportar o que quer que o futuro reserve,
quer Júpiter muitos invernos nos tenha concedido, quer um último,
este que agora o Tirreno mar quebranta ante os rochedos que se lhe opõem.
Sê sensata, decanta o vinho, e faz de uma longa esperança
um breve momento. Enquanto falamos, já invejoso terá fugido o tempo:
colhe cada dia, confiando o menos possível no amanhã.


sábado, 29 de agosto de 2015

Café Filosófico - Nossos medos e os fantasmas da perfeição



Montagem com as participações de Leandro Karnal, Luiz Pondé, Giacóia Jr. entre outros, em que se discute o medo de morrer, as utopias, as fantasias de perfeição e felicidade etc.