sábado, 19 de outubro de 2024

REFLEXÕES DE UM PSICÓLOGO DE UM POSTINHO DE SAÚDE - 1

 Desde 2018 - com pausa em 2020 devido a pandemia - atendo num postinho de saúde da periferia de Maceió. Postinho por ser pequeno, em área construída, mas grande em termos de quantidade de atendimentos.

O posto, ou UBS como chamamos atualmente, conta com cinco médicos clínicos, uma ginecologista, um pediatra, algumas enfermeiras e alguns dentistas, três psicólogos, um farmacêutico, uma assistente social, e demais funcionários da área administrativa.

A população parece satisfeita com os atendimentos, parecem entender o compromisso dos profissionais dali, que apesar das condições - às vezes - complicadas pela falta de recursos, dão o melhor de si para prestar um atendimento decente à população.

Em relação aos atendimentos em psicoterapia, que é o que faço, atendemos uma demanda espontânea de vários tipos de transtornos psíquicos: casos que nos chegam com diagnósticos os mais variados possíveis, esquizofrênicos e outros psicóticos, depressivos, ansiosos, adictos (álcool, cocaína, maconha e crack), jogadores compulsivos, adolescentes e crianças com problemas diversos, e também pessoas que não estão bem, passando por problemas existenciais em busca de alívio para seus sofrimentos.

E será sobre isso que irei começar essa série sobre os atendimentos a essa clientela, que me proporcionam uma oportunidade de compreender (e muitas vezes de não compreender, mas sobretudo, de aprender) e trabalhar com esses conteúdos, tão ricos da experiência humana de "estar no mundo", de ser o que se é no momento presente do encontro. Então, aguarde as próximas postagens.

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