quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

O Gestaltismo: a Psicologia da Forma

A Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma teoria da psicologia que considera os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna.
•O movimento começou em 1890 quando C. von Ehrenfels introduziu o conceito de GESTALTQUALITAT, ou seja, a estrutura como conjunto não somativo.
•A escola foi criada pelos psicólogos alemães Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1940), nos princípios do século XX. Funda-se na idéia de que o todo é mais do que a simples soma de suas partes.

•Os gestaltistas criticaram fortemente as idéias de Wilhelm Wundt (1832-1920), considerado o fundador da psicologia moderna e responsável pelo primeiro laboratório de psicologia experimental.
Wertheimer pôde provar experimentalmente que diferentes formas de organização perceptiva são percebidas de forma organizada e com significado distinto por cada pessoa.
•Os gestaltistas basearam nisso a ideia de que o conhecimento do mundo se obtém através de elementos que por si só constituem formas organizadas.
•O todo é mais do que a soma das partes que o constituem. Por exemplo: uma cadeira é mais do que quatro pernas, um assento e um encosto. Uma cadeira é tudo isso, mas é mais que isso: está presente na nossa mente como um símbolo de algo distinto de seus elementos.


•Em 1913, Wolfgang Köhler desenvolveu pesquisas pioneiras com antropoides concluindo que não só a percepção humana, mas também nossas formas de pensar e agir funcionam, com freqüência, de acordo com os pressupostos da Gestalt, da reorganização perceptiva.
•Observou que o ato cognitivo corresponde a uma reestruturação do conhecimento anterior (informações disponíveis na memória) tal como posteriormente estudada pelos construtivistas a exemplo de Piaget.
•Medidas da estimulação elétrica cortical em gatos e os seus clássicos experimentos com chimpanzés (empilhando caixotes para alcançar alimentos) comprovaram que estes têm condições de resolver problemas relativamente mais complexos do que os experimentos de contornar um obstáculo e abrir fechaduras para fuga, aproximando-se da inteligência humana.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o psicólogo Wolfgang Köhler, e sua esposa Eva, realizaram uma série de experimentos com chimpanzés no que de fato foi o primeiro centro de Primatologia de que temos notícia. Nestes experimentos, os animais enfrentaram uma série de problemas complexos, o mais famoso deles consistia em pendurar uma banana no alto e deixar várias caixas na sua jaula. Inicialmente, o chimpanzé foi aparentemente estúpido, pulando para tentar pegar a banana, mas após algum tempo de testes infrutíferos colocou uma caixa de bananas, subiu nela e pegou a banana. Kohler viu nesta atitude a aprendizagem por insight.














Quatro princípios perceptuais
1.Tendência à estruturação: e.g. as leis da proximidade e similaridade.
2.Segregação figura-fundo: Não se podem ver objetos sem separá-los do seu fundo.
3.Pregnância ou boa forma: Percebemos mais facilmente as boas formas, ou seja, as simples, regulares, simétricas e equilibradas.
4.Constância perceptiva: reconhecimento de que os objetos permanecem os mesmos apesar de parecerem mudar em alguns aspectos.

PRINCIPAIS CONCEITOS

•ESTRUTURA: Conjunto não somativo de partes cujas funções dependem da posição que elas ocupam na própria totalidade.
•EQUILÍBRIO: Toda estrutura tende a preservar-se em termos de estrutura equilibrada.
•CAMPO: O campo dinâmico da experiência psicológica é o indivíduo e seu ambiente, e, sua interação dentro do campo forma o centro da conduta. Campo de força que tende ao melhor equilíbrio possível.
•ISOMORFISMO: O produto mental da percepção é idêntico, na forma, àquilo que representa, servindo como guia para o mundo real percebido. 
Teoria da Percepção
•Os indivíduos percebem objetos da mesma maneira imediata e unificada em que percebem o movimento aparente, isto é, como “todos unificados” e não como aglomerados de sensações individuais.
•Princípios de organização perceptiva: Proximidade, Similaridade, Fechamento e Pregnância.

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