BIOGRAFIA
• Suiça,
26/07/1875
• Em
1900 torna-se interno na Clínica Psiquiátrica Burgholzli em Zurique.
• 1904:
desenvolve o teste de associação de palavras para auxiliar o diagnóstico.
• 1906:
inicia a correspondência com Freud que duraria até 1913.
• 27/02/1907:
encontro com Freud em Viena.
• Em
1912 ele rompe definitivamente com Freud.
• Morreu
em 06/06/1961 em Kusnacht, Zurique.
INFLUÊNCIAS
• Psicanálise:
sonhos, símbolos, processos inconscientes.
• Literatura
e Filosofia:
-
O “Fausto” de Goethe o levou a compreensão do
poder do mal e de sua relação com o crescimento e o autoconhecimento.
-
Nietzsche: penetração psicológica, luta pelo
poder.
• Alquimia:
transformar metais em ouro=metáfora para a mudança da personalidade e
consciência.
• Filosofia
Oriental:
-
Ioga e Budismo eram procedimentos orientais para
a “individuação”.
-
Mandala: simboliza o processo de individuação. O
centro representa o self; o diagrama circular representa o equilíbrio e a ordem
que se desenvolvem na psique.
PRINCIPAIS CONCEITOS
• As
Atitudes: Introversão e Extroversão:
Os introvertidos: concentram-se prioritariamente em
seus próprios pensamentos e sentimentos, em seu mundo interior, tendendo à
introspecção. O perigo para tais pessoas é imergir de forma demasiada em seu
mundo interior, perdendo ou tornando tênue o contato com o ambiente externo.
Os extrovertidos: se envolvem com o mundo externo das
pessoas e das coisas. Tendem a ser mais sociais e mais conscientes daquilo que
acontece à sua volta. Necessitam se proteger para não serem dominados pelas
exterioridades e, ao contrário dos introvertidos, se alienarem de seus próprios
processos internos. Algumas vezes esses indivíduos são tão orientados para os
outros que podem acabar se apoiando quase exclusivamente nas ideias alheias, ao
invés de desenvolverem suas próprias opiniões.
·
Funções
Psíquicas
-
Jung identificou quatro funções psicológicas que
chamou de fundamentais: pensamento, sentimento, sensação e intuição. E cada uma
dessas funções pode ser vivida tanto de maneira introvertida quanto extrovertida.
-
O Pensamento
Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O Pensamento, por sua vez, está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. As pessoas nas quais predomina a função do Pensamento são chamadas de Reflexivas. Esses tipos reflexivos são grandes planejadores e tendem a se agarrar a seus planos e teorias, ainda que sejam confrontados com contraditória evidência.
Jung via o pensamento e o sentimento como maneiras alternativas de elaborar julgamentos e tomar decisões. O Pensamento, por sua vez, está relacionado com a verdade, com julgamentos derivados de critérios impessoais, lógicos e objetivos. As pessoas nas quais predomina a função do Pensamento são chamadas de Reflexivas. Esses tipos reflexivos são grandes planejadores e tendem a se agarrar a seus planos e teorias, ainda que sejam confrontados com contraditória evidência.
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O Sentimento
Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência. Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências apáticas e mornas. A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados pela pessoa sentimental. Para ela, tomar decisões deve ser de acordo com julgamentos de valores próprios, como por exemplo, valores do bom ou do mau, do certo ou do errado, agradável ou desagradável, ao invés de julgar em termos de lógica ou eficiência, como faz o reflexivo.
Tipos sentimentais são orientados para o aspecto emocional da experiência. Eles preferem emoções fortes e intensas ainda que negativas, a experiências apáticas e mornas. A consistência e princípios abstratos são altamente valorizados pela pessoa sentimental. Para ela, tomar decisões deve ser de acordo com julgamentos de valores próprios, como por exemplo, valores do bom ou do mau, do certo ou do errado, agradável ou desagradável, ao invés de julgar em termos de lógica ou eficiência, como faz o reflexivo.
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A Sensação
Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações, diferentemente das formas de tomar decisões. A Sensação se refere a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos. A Sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência.
Jung classifica a sensação e a intuição juntas, como as formas de apreender informações, diferentemente das formas de tomar decisões. A Sensação se refere a um enfoque na experiência direta, na percepção de detalhes, de fatos concretos. A Sensação reporta-se ao que uma pessoa pode ver, tocar, cheirar. É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a discussão ou a análise da experiência.
-
A Intuição
A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real por si mesma. Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez que, via de regra, não conseguem separar suas interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos.
A intuição é uma forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência (o que poderia acontecer, o que é possível) são mais importantes para os intuitivos do que a experiência real por si mesma. Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções com tamanha rapidez que, via de regra, não conseguem separar suas interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos.
• Inconsciente Coletivo:
-
Herança psicológica que se soma à biológica.
-
Inclui material psíquico que não provem da
experiência pessoal.
-
Dentro do Inconsciente Coletivo existem, segundo
Jung, estruturas psíquicas ou Arquétipos.
• Arquétipos:
-
Arquétipos são formas sem conteúdo próprio que
servem para organizar ou canalizar o material psicológico. Eles se parecem um
pouco com leitos de rio secos, cuja forma determina as características do rio,
porém desde que a água começa a fluir por eles.
-
Jung também chama os Arquétipos de imagens
primordiais, porque eles correspondem freqüentemente a temas mitológicos que
reaparecem em contos e lendas populares de épocas e culturas diferentes.
-
Jung escreveu que cada uma das principais
estruturas da personalidade seriam Arquétipos, incluindo o Ego, a Persona, a
Sombra, a Anima (nos homens), o Animus (nas mulheres) e o Self.
• Símbolos:
-
De acordo com Jung, o inconsciente se expressa
primariamente através de símbolos. Embora nenhum símbolo concreto possa
representar de forma plena um Arquétipo (que é uma forma sem conteúdo
específico), quanto mais um símbolo se harmonizar com o material inconsciente
organizado ao redor de um Arquétipo, mais ele evocará uma resposta intensa e
emocionalmente carregada.
-
Além dos símbolos encontrados em sonhos ou
fantasias de um indivíduo, há também símbolos coletivos importantes, que são
geralmente imagens religiosas, tais como a cruz, a estrela de seis pontas de
David e a roda da vida budista.
• Sonhos:
-
Para Jung, os sonhos desempenham um importante
papel complementar ou compensatório. Os sonhos ajudam a equilibrar as
influências variadas a que estamos expostos em nossa vida consciente, sendo que
tais influências tendem a moldar nosso pensamento de maneiras frequentemente
inadequadas à nossa personalidade e individualidade. A função geral dos sonhos,
para Jung, é tentar estabelecer a nossa balança psicológica pela produção de um
material onírico que reconstitui equilíbrio psíquico total.
-
Para o analista junguiano devemos tratar nossos
sonhos não como eventos isolados, mas como comunicações dos contínuos processos
inconscientes.
• O Ego:
-
é o centro da consciência e um dos maiores
Arquétipos da perso-nalidade. Ele fornece um sentido de consistência e direção
em nossas vidas conscientes. Ele tende a contrapor-se a qualquer coisa que
possa ameaçar esta frágil consistência da consciência e tenta convencer-nos de
que sempre devemos planejar e analisar conscientemente nossa experiência. Somos
levados a crer que o Ego é o elemento central de toda a psique e chegamos a
ignorar sua outra metade, o inconsciente.
-
Persona:
- inclui nossos papéis sociais, o tipo de
roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão pessoal. O termo
Persona é derivado da palavra latina equivalente a máscara, se refere às máscaras
usadas pelos atores no drama grego para dar significado aos papéis que estavam
representando. As palavras "pessoa" e "personalidade"
também estão relacionadas a este termo.
- Entre os símbolos comumente
usados para a Persona, incluem-se os objetos que usamos para nos cobrir
(roupas, véus), símbolos de um papel ocupacional (instrumentos, pasta de
documentos) e símbolos de status (carro, casa, diploma).
• Anima e Animus :
- estrutura ics que representa a
parte sexual oposta de cada indivíduo. Anima (porção do feminino no homem) e
Animus (porção do masculino na mulher).
- O pai do sexo oposto ao da
criança é uma influência importante nesse desenvolvimento.
• A
Sombra:
-
Para Jung, a Sombra é o centro do Inconsciente
Pessoal, o núcleo do material que foi reprimido da consciência. A Sombra inclui
aquelas tendências, desejos, memórias e experiências que são rejeitadas pelo
indivíduo como incompatíveis com a Persona e contrárias aos padrões e ideais
sociais.
-
A Sombra é mais perigosa quando não é
reconhecida pelo seu portador. Neste caso, o indivíduo tende a projetar suas
qualidades indesejáveis em outros ou a deixar-se dominar pela Sombra sem o
perceber. Quanto mais o material da Sombra tornar-se consciente, menos ele pode
dominar.
• Self:
-
Jung chamou o Self de Arquétipo central,
Arquétipo da ordem e totalidade da personalidade. Segundo Jung, consciente e
inconsciente não estão necessariamente em oposição um ao outro, mas
complementam-se mutuamente para formar uma totalidade: o Self.
-
O Self é um fator interno de orientação, muito
diferente e até mesmo estranho ao Ego e à consciência. Para Jung, o Self não é
apenas o centro, mas também toda a circunferência que abarca tanto o consciente
quanto o inconsciente, ele é o centro desta totalidade, tal como o Ego é o
centro da consciência
Bibliografia:
FADIMAN, James e FRAGER, Robert. Teorias da Personalidade. São Paulo, Harper & Row do Brasil, 1979.
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