Animação bem humorada e muito interessante sobre a morte e o papel da medicina (e do médico), que tem que salvar vidas, mesmo que a vida em questão não queira ser salva. Só vai entender se assistir.
Clique no link abaixo, se não funcionar, copie e endereço e veja no youtube.
http://youtu.be/qNYx-4LNYGg?hd=1
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Ataualpa Yupanqui
Escritor, poeta, violonista, cantor e compositor argentino, nascido Hector Roberto Chavero, considerado o maior divulgador da chamada música folclórica. Sua música ficou conhecida principalmente nas vozes de Mercedes Sosa, Victor Jara, e entre nós Elis Regina. Ver interpretaçao de uma de suas músicas mais questionadoras acerca do conceito do Deus das religiões e sua permanencia ao lado dos poderosos, dos exploradores. E tem mais, nas Preguntitas sobre Dios, basta saber olhar. Veja em: www.youtube.com/watch?v=T08lkYzl3Tg. Abaixo a letra.
Preguntitas sobre Dios
Preguntitas sobre Dios
Un dia yo pregunte: Abuelo, donde esta Dios? Mi abuelo se puso triste, y nada me respondio. Mi abuelo murio en los campos sin rezo ni confesion. Y lo enterraron los indios flauta de cania y tambor. Al tiempo yo pregunte : Padre, que sabes de Dios? Mi padre se puso serio y nada me respondio. Mi padre murio en la mina sin doctor ni proteccion. Color de sangre minera tiene el oro del patron! Mi hermano vive en los montes y no conoce una flor. Sudor, malaria, serpientes, es la vida del leniador. Y que nadie le pregunte si sabe donde esta Dios. Por su casa no ha pasado tan importante senior. Yo canto por los caminos, y cuando estoy en prision oigo las voces del pueblo que canta mejor que yo. Hay un asunto en la tierra mas importante que Dios. Y es que nadie escupa sangre para que otro viva mejor. Que Dios vela por los pobres? Tal vez si, y tal vez no . Pero es seguro que almuerza en la mesa del patron.
sábado, 21 de abril de 2012
A GÊNESE DA PERSONALIDADE (esboço de aula)
A GÊNESE DA PERSONALIDADE
- EXEMPLOS DA COMPLEXIDADE ENTRE OS FATORES INATOS E ADQUIRIDOS:
1. A Identidade Sexual: . Para R. J. Stoller, o sexo anatômico deve
ser diferenciado do que ele chamou de
gênero (convicção da adequação de seu sexo anatômico).
2. O Nanismo psicossocial: .
Crianças que apresentam parada total do crescimento devido a problemas
relacionais.
·
CONTINUIDADE E DIFERENCIAÇÃO:
1.
“A satisfação das necessidades fisiológicas, o próprio
fato de sua necessária repetição e apaziguamentos que ela carrega, representa
um ponto de apoio (escoramento...) e de ancoragem essencial. (JEAMMET. 2000,
74)”
2.
Continuidade
Relacional: o indivíduo se constrói a partir da continuidade de suas
relações, onde seu EU se constitui nas respostas e trocas com as figuras
dominantes de seu meio. A natureza dessas trocas é sensorial, já que a criança
não é capaz ainda de representar mentalmente.
3.
“Se o
desenvolvimento da personalidade se apóia necessariamente em aprendizados de
todos os tipos, práxicos e cognitivos, os mesmos são largamente tributários do
clima emocional no qual se desenvolvem e da qualidade das relações da criança
com seu meio ambiente”. E afirma que
é “essa qualidade que condiciona a facilitação ou o entrave de tais
aprendizados” (JEAMMET. 2000, 75)
4.
É necessário no entanto, que existam fatores de
descontinuidade para que haja DIFERENCIAÇÕES “indispensáveis ao processo de autonomia progressivo da criança e à
constituição da sua identidade (op.cit.75)”.
·
EIXOS DE DESENVOLVIMENTO:
1. Relacional: é o eixo das RELAÇÕES DE
OBJETO, das trocas afetivas entre o bebê e o mundo, particularmente à função
materna, para depois se estender a outros objetos.
2. Autonomia do sujeito: “é feito de tudo
o que contribui para reforçar essa autonomia e assegura a diferença entre o
indivíduo e os outros”. Paradoxo: “para ser eu (ter uma atitude de acordo com a
sua personalidade) e tornar-se autônomo, é preciso aceitar se alimentar de
trocas com os outros (op.cit. 76)”.
·
DAS PRIMEIRAS INTERAÇÕES ENTRE A CRIANÇA E SEU
AMBIENTE:
1.
Donald Woods WINNICOTT
(pediatra e psicanalista, 1896-1971):
Ø “A
tendência hereditária não pode agir
sozinha, é o ambiente que facilita o crescimento do indivíduo durante o
desenvolvimento do bebê e da criança pequena. No extremo oposto, se disséssemos
que ensinamos tudo a nossos filhos, isso seria um patente absurdo. Não somos
capazes sequer de ensina-los a andar, mas sua tendência inata para andar numa
certa idade necessita de nós.” (1986, p. 249-50. Apud. NASIO, 1995, p. 198).
Ø “O
objeto transicional e os fenômenos
transicionais trazem a todo ser humano, desde o começo, algo que será sempre
importante para ele, a saber, uma área neutra de experiência que não seja
contestada.” (op.cit. p.
198)
Ø “O fundamento de uma estrutura psíquica
sadia e estável deve ser relacionado, certamente, com a confiabilidade da
mãe interna, mas essa própria capacidade é sustentada pelo indivíduo. É verdade
que as pessoas passam a vida carregando o refletor em que se apóiam, mas, em
algum lugar, no começo, tem que haver um refletor que se sustente sozinho, caso
contrário, não há introjeção da confiabilidade.” (op.cit. p. 199.)
Ø “O
ser humano, em sua maturidade, não é
nem tão gentil nem tão malvado quanto o imaturo. A água dentro do copo é
lodosa, mas não é lama.” (op.cit.
p. 199)
2.
Jeammet. Reynaud e Consoli:
Ø
“O auto-erotismo
se alimenta das experiências onde a criança, nas suas trocas com a mãe, retira
um prazer que pode torna-las objeto de uma interiorização.” Traços mnemônicos
que serão evocados posteriormente.
Ø
“O que vai contar para atenuar a tensão e dar à
criança uma segurança interna é reencontrar os traços mnemônicos dessa experiência de satisfação (...) O
auto-erotismo consiste, então, num reinvestimento intermitente dos traços
mnemônicos da satisfação anterior, reinvestimento tornado independente da
expressão da necessidade inicial.”
Ø
O principio prazer-desprazer é constitutivo da
personalidade em seu desenvolvimento primitivo graças aos traços que se
inscrevem como memória.
Melanie Klein: O Psiquismo Primitivo da
Criança.
·
A primeira defesa imposta pelo ego está em relação com duas fontes de
perigo: o próprio sadismo do sujeito e o objeto que é atacado.
O objeto
atacado se converte em fonte de perigo.
(Contribuições á Psicanálise, p. 296)
(Contribuições á Psicanálise, p. 296)
·
Identificação: surge das tentativas que faz a criança para reencontrar
em todos os objetos seus próprios órgãos e funções.
·
Simbolismo: Fundamento de toda sublimação e de todo talento, uma vez
que é através da equação simbólica que as coisas, as atividades e os interesses
se convertem em tema de fantasias libidinosas.op.cit p.297
·
A relação do sujeito com o mundo externo se dá pelo simbolismo.
·
O bebe é incapaz de distinguir o ‘eu’ e o ‘não eu’; suas sensações
particulares são o seu mundo, o mundo para ele; assim, quando está com frio,
faminto ou solitário, para ele é como se no mundo não existisse mais leite,
prazer ou bem-estar. (Amor, Odio e Reparação, p.23)
·
A capacidade de identificação com outra pessoa é o elemento mais
importante nos relacionamentos humanos em geral, e também condição para
autênticos e fortes sentimentos de amor. Op.cit.p
105
·
A mãe é a cena, o lugar dos deslocamentos do sujeito e o receptáculo de
um número cada vez mais considerável de objetos.
CONDIÇÕES PARA O PROCESSO DE
AUTONOMIA E DIFERENCIAÇÃO.
A qualidade
das interações afetivas
vai constituir: os autoerotismos e as bases narcísicas.
Estabelecimento
de Limites: O proibido:
não se pode fazer tudo. E, «é porque
teremos sabido lhe dizer NÃO que a criança poderá dize-lo à sua volta, tomando
então consciência da sua capacidade de existir por ela mesma». O amor está
diretamente relacionado ao efeito da proibição.
Estabelecimento de investimentos diferenciados: Percepção que se apóia na “repartição diferenciada das Funções e Atitudes”. No C. de Édipo, o casal parental permite à criança se situar numa genealogia e na diferença dos sexos. O fracasso desse sistema de representações, pode ser observado nas Psicoses e Perversões. Pais inseguros usam seus filhos “para negar sua incompletude e suprimir as diferenças,no detrimento do outro pai”.
Estabelecimento de investimentos diferenciados: Percepção que se apóia na “repartição diferenciada das Funções e Atitudes”. No C. de Édipo, o casal parental permite à criança se situar numa genealogia e na diferença dos sexos. O fracasso desse sistema de representações, pode ser observado nas Psicoses e Perversões. Pais inseguros usam seus filhos “para negar sua incompletude e suprimir as diferenças,no detrimento do outro pai”.
Transtornos de Personalidade (esboço de aula)
TRANSTORNOS DA
PERSONALIDADE
São quadros mentais que se caracterizam por padrões
desajustados de condutas que não são suficientemente definidos para serem
considerados de natureza neurótica ou psicótica.
Personalidade
Paranóide
hipersensibilidade
nas relações interpessoais
desconfiança
agressividade
pouco
senso de humor e superficialidade nos contatos afetivos
tensão
evidente
costuma
projetar suas autocríticas
Personalidade
Ciclotímica
períodos
alternantes e repetitivos de elação e depressão
exagerada
oralidade
luta
entre o ego e o superego
etiologia:
a criança foi criada em situações ambíguas de satisfação ou frustração de
impulsos afetivos.
Personalidade
Esquizóide
timidez,
hipersensibilidade, isolamento
fuga
as relações íntimas
excentricidade,
devaneios
inabilidade
para expressar agressividade
acentuado
narcisismo
etiologia:
narcisismo primário alimentado num ambiente familiar anômalo onde o potencial
de frustração foi muito grande, principalmente no que se refere a superação do
conflito separação-individuação
Personalidade
Explosiva
conhecida
também como personalidade epiléptica
explosões
de raiva com agressividade verbal e/ou física
hipersensibilidade
a pressões ambientais
egocentrismo,
circunstancialidade, pedantismo e religiosidade
etiologia:
aprendizagem de resposta explosiva as pressões do meio, distúrbios do lobo
temporal.
Personalidade
Obsessivo-compulsiva
exibe
padrões de comportamento típicos do TOC, mas não é considerado como tal, uma
vez que suas atitudes habituais não são sentidas como sintomas.
Ordem,
meticulosidade, preocupação com detalhes, regras e formalidades
etiologia:
traços de caráter anal.
TEORIAS E TÉCNICAS EM PSICOTERAPIA (Esboço de Aula)
TEORIAS E TÉCNICAS EM
PSICOTERAPIA
1.
OBSERVAÇÕES GERAIS:
- Campo em estado experimental
- Necessidade de se construir teoria
- Inscrever tal teoria em uma concepção
antropológica totalizadora
- Descrever os fatos que emergem na
experiência psicoterapêutica
- Esse campo compartilha toda a
problemática ideológica das ciências humanas
2.
CONCEITO:
“é um relacionamento e uma interação entre
um individuo com um problema emocional que procura ajuda e um técnico que seja
capaz de ajudá-lo a efetuar sua resolução. A natureza desse relacionamento
terapêutico, e das transações entre os dois participantes, é estruturada e
moldada pelas atitudes e intervenções, implícitas e explicitas, do terapeuta e,
secundariamente, pelo paciente”.
Obs. Todos os tipos de psicoterapia
implicam alguma espécie de aliança terapêutica na qual os aspectos sadios do
ego do cliente formam uma parceria com o terapeuta, onde ambos se opõem aos
elementos neuróticos da vida mental do cliente, com a intenção de
influenciá-los ou alterá-los.
3.
OS EIXOS DO PROCESSO:
FOCO ATIVAÇÃO DAS
FUNÇÕES EGÓICAS RELAÇÃO DE TRABALHO PERSONIFICADA
Ativando-se as funções egóicas do cliente,
torna possível elaborar de modo focalizado a problemática inserida em uma
situação vital específica, com base na orientação, no estímulo e nas
realizações simbólicas do vínculo vivido numa relação de trabalho personificada
com o terapeuta que inclui a correlata
ativação das funções egoicas deste ultimo.
4.
DELIMITAÇÕES TÉCNICAS DAS PSICOTERAPIAS:
A-
PSICOTERAPIA DE APOIO
Objetivos:
- atenuação ou supressão da ansiedade e de outros sintomas clínicos.
- modificar algumas linhas de comportamento estimulando tentativas de
aquisição de novos.
Estratégia:
- estabelecer um vínculo terapêutico encorajador, protetor, orientador
(ser objeto bom).
Atitude do Terapeuta:
- ativo, participante, diretivo e muito próximo.
Intervenções:
- sugestivo-diretivas.
Vínculo objetal:
- transferencial divalente e papel real diretivo .
Indicações:
- deficiência primária de inteligência.
- superego débil.
- idade avançada.
- fatores de realidade: tempo, dinheiro, contexto e
local de atendimento.
- adaptação neurótica firmemente reforçada.
- impulsos ou comportamento autodestrutivo.
- incapacidade de tolerar ansiedade e frustração.
- padrão de defesas simples e cristalizadas.
- introspecção excessiva.
- modelo de adaptação aloplástico.
- clientes trazidos pela família e que não aceitam a
existência da enfermidade.
- rompimento de intimo laço emocional por perturbações
neuróticas.
- clientes com padrões de isolamento e fracasso em
estabelecer significativas relações de objeto.
- clientes submetidos a grave regressão e
descompensação do ego.
- clientes que apresentaram episódios psicóticos ou que
necessitam de hospitalização.
- indivíduos cujo padrão de vida tem sido uma serie de
fracassos, adaptações ineficazes ou importante alteração, ruptura ou defeito
nas funções do ego.
B-
PSICOTERAPIA DE ESCLARECIMENTO:
Objetivos:
- recuperação do equilíbrio homeostático.
- desenvolver no cliente uma atitude de auto-observação
e um modo de compreender suas dificuldades.
Estratégias:
- estabelecer uma relação de indagação, centralizada no
esclarecimento das conexões significativas entre a biografia, a transferência
de vínculos básicos conflituosos para as relações e os sintomas.
- destina-se a clarificar especialmente a situação de
crise.
Atitude do terapeuta:
- ativo, participante, com iniciativas em relação ao
diálogo e discretamente próximo.
Intervenções:
- interpretações atuais e históricas de vínculos
básicos conflituosos (complementadas com interpretações transferenciais).
Vínculo objetal:
- reforço da relação real com papel social
especializado e correlativa inibição do vínculo transferencial.
Indicações:
- melhor nível global de adaptação antes do
aparecimento da perturbação.
- maior capacidade para manter relações objetais.
- Motivação e determinação conscientes de procurar a
natureza básica dos conflitos subjacentes, elaborá-los e resolve-los.
- aptidão para introspecção e conhecimento de sua mais
profunda vida emocional e habilidades para tomar medidas externas eficazes.
- padrão e eficácia das defesas do ego antes da
terapia.
- capacidade para tolerar ansiedade e frustração.
- ausência de fixação em nível pré-fálico.
- idade: adulto jovem.
- disposição e condições para relacionamento
terapêutico (tempo).
- situação ambiental favorável.
C-
PSICANÁLISE:
Objetivo:
- reestruturação, a mais ampla possível, da
personalidade.
Estratégia:
- desenvolvimento e elaboração sistemática da regressão
transferencial.
Atitudes do terapeuta:
- passivo, silencioso.
- interpretativo e distante quanto ao contato pessoal.
Intervenções:
- interpretações transferenciais.
Vínculo objetal:
- transferencial ambivalente alternado com o papel real
discriminador.
5. AVALIAÇÃO
TERAPEUTICA DO PACIENTE:
A-
História clínica (anamnese)
B-
Comportamento na entrevista: como responde e
reage a nós.
C-
Contatos com outras pessoas.
D-
Testes psicológicos.
E-
Ensaio terapêutico.
6. O
CONTRATO TERAPEUTICO:
A-
Esclarecimento do acordo.
B-
Prognósticos.
C-
Qualificação profissional e pessoal do
terapeuta.
D-
Honorários.
E-
Tempo (do tratamento, das visitas semanais e da
duração das visitas)
F-
Ausências.
G-
Sigilo.
H-
Outros fatores: ambiente físico, interrupções,
tomar notas, gravar etc.
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