quarta-feira, 25 de maio de 2011

Petrúcio Amorim

Esse poeta pernambucano foi praticamente meu vizinho; infelizmente não o conheci, pois aos treze anos de idade deixei Caruaru e vim pras Alagoas. Soube que ele morava no bairro do Vassoural, perto da marcenaria de Mestre Osvaldo, e, perto da casa de meus avós maternos, Dona Santa e Seu Damião. E tudo no meio da ladeira do Vassoural, pertinho do Colégio Industrial, em que minha irmã e minhas primas estudaram, e meu padrinho Leobino era professor. Eu nasci no Vassoural e me criei em seus becos, e por tudo isso a poesia de Petrúcio me toca fundo na alma, mas, você pode ter nascido em Viena, que dá no mesmo... Petrúcio é universal!

ANJO MALANDRINHO

Tanto tempo faz
Que eu não me apaixono
Faz tempo que ninguém
Me chama de amor
Carente solitário
Coração sem dono
Parece até gostar
De enganar a dor
Um riacho vazio
Correndo no peito
E ninguém dava jeito
Nesse meu viver
Mas eis que de repente
Pelo meu caminho
Um anjo malandrinho
Me trouxe você
Pra me botar no colo
E me fazer loucura
Provar toda doçura
Que tem a paixão
Ouvir as estrelas
Até faz sentido
Acordar com teu ouvido
No meu coração

Trazer pra minha vida
Toda alegria
Meu ouro minha guia
Meu entardecer
Felicidade agora
Achou meu endereço
Que bom que eu mereço
Estar com você

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