sexta-feira, 4 de junho de 2010

A FUNÇÃO PATERNA NA PSICANÁLISE (esquema de aula).

1. É necessário que haja um homem para que haja um pai?

• A função paterna é estruturalmente identificada à função fálica.

• Complexo Paterno: sentimentos contraditórios (amor-ódio) da criança em relação ao pai CULPABILIDADE DÍVIDA (que só será apagada honrando-o simbolicamente – obediência).

• É apenas quando investido simbolicamente de possuir o atributo fálico que um homem (pai Real) se faz reconhecer como Pai (simbólico).

• Então, todo terceiro elemento que – sendo atribuído do objeto fálico – responda a esta função como mediador dos desejos da mãe e do filho, institui a proibição do incesto.

• Logo, não é preciso que haja um homem para que haja um pai.


2. Pai Real, Pai Simbólico e Pai Imaginário:

• O pai não é um objeto real; é uma metáfora (um significante que vem no lugar de um outro).

• No Complexo de Édipo o PAI REAL (um estranho na relação mãe-criança) entra em cena (priva, interdita e frustra) e passa a ser PAI IMAGINÁRIO (pois detém o direito sobre a mãe). Quando a mãe reconhece a Lei-do-pai, ele passa a ser investido como aquele que tem o falo, portanto, PAI SIMBÓLICO.

• O pai: causa das ausências da mãe. Nome-do-pai = FALO.

• Basta que o nome-do-pai seja convocado pelo discurso materno para que a função mediadora do PAI SIMBÓLICO seja estruturante. Mas é necessário ainda que este significante – nome-do-pai – seja explicitamente, e sem ambigüidades, referido à existência de um terceiro, marcado em sua diferença sexual.

3. A Função Paterna e seus avatares:

• Sob certos aspectos, todos os avatares da função paterna permanecem, portanto, suspensos no destino que é reservado ao significante da falta no Outro (castração). O desejo da criança encontra aí, a lei do desejo do outro (Pai).
3.1. Função Paterna e Perversão:

1. O pai deve aparecer como possuidor do objeto que a mãe deseja.
2. A mãe deve se significar como FALTOSA, não satisfeita pela criança.
3. Caso não ocorra, devido a um apelo sedutor e/ou cumplicidade libidinal da mãe, ou complacência silenciosa do pai.
4. O resultado: A criança ficará presa na fronteira do SER e do TER (o falo), e, o PAI SIMBÓLICO não será reconhecido, será contestado (desafio e transgressão). EIS A PERVERSÃO!

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