sábado, 16 de junho de 2018

William Ernest Henley

Poeta, crítico e escritor inglês nascido em 1849, proveniente de família pobre, aos 12 anos de idade foi marcado pela doença (bacilo da tuberculose) que o impediu a concluir os estudos formais, e, mais tarde levaria à amputação de sua perna aos 16 anos e finalmente a sua morte aos 53 anos em 1903.
Seus problemas financeiros e de saúde não o impediram de chegar ao sucesso como editor de conceituada revista literária (Scots Observer) e como crítico literário e poeta. Foi justamente em uma viagem para tratar da saúde em Edimburg, Escócia, que ele escreveu a coletânea de poemas "In Hospital", conheceu sua futura esposa Anna Boyle e travou contato - que viria a se transformar em profunda amizade - com o escritor escocês Robert Louis Stevenson de "The strange case of Dr. Jekill and Mr. Hyde", traduzido para o português como "O médico e o monstro". 

Invictus
Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.


Invictus 
(Tradução de Andre C.S. Masini in: www.casadacultura.org/Literatura/Poesia/g12_traducoes_do_ingles/invictus_henley_masini.html)

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer Deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a fenda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou o mestre de meu destino;
Eu sou o capitão de minha alma.

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