sexta-feira, 7 de março de 2008

GONZAGA LEÃO

Soneto Um


No chão marcas de pés sujos de lama;
o alpendre para o sonho e para a rede;
janelas para a fuga; na parede
o salto do telhado; a noite e a cama

com destinos iguais para quem ama:
- água e fonte servindo `a mesma sede.
A casa em construção ainda, que de
de suor e barro se edifica, chama

para se completar, seus moradores.
Fumo de chaminé nos arredores
da noite terminada. E, no profundo

silêncio com que a vida se cobria,
um galo bate as asas e anuncia
a casa e a manhã dentro do mundo.

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